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sábado, 26 de março de 2011

Lebre

Adrenalina Excessiva transborda pelo corpo.
Talvez outrora o sono, a preguiça, a cortina fechada, o silêncio...
Hoje abre-se a janela e sangra os ouvidos com a mais bela melodia.
Hoje o ardor da insônia.

Luan vieira

Caracol

Bocejos intoxicantes tomam conta do ser.
Hoje, tudo é sono, tudo é preguiça.
Amanha não se sabe, mas hoje, tudo é cinza, tudo é rabisco.
Amanha talvez a obra. Hoje apenas o sono. E se escrever dá trabalho, dispensam-se as virgulas e os acentos, agudos ou graves.
Só o que vale é dormir.
Luan Vieira

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sem trança para escapar



Ali de onde estava  tudo parecia vento, até mesmo o próprio vento era mais vento naquele momento...
os carros eram ventos que corriam sem ao menos assobiar.
Bermudas cinzas, jeans, compridas,curtas. todas vento. Alguém ousou passar duas vezes pelo mesmo lugar, como um rede moinho dando voltas em torno de um lugar único. O menino com a bolsa que de longe parecia conter biscoitos polvilho e usava um chinelo branco, andava rápido ao lado da menina de vestido cor de pavão que ao mesmo tempo olhava o reflexo do seu corpo no espelho do carro parado. Parado. Como ele na janela onde estava...
Nos prédios ainda mais altos. Muitas outras janelas.
Olhou a rua. Olhou a janela. Olhou a rua ...a janela...

 Parado na janela observando, Pensou em Gritar para o vento:
-Quero descer!
Não podia. 

Ossos do oficio!
Luan vieira

terça-feira, 8 de março de 2011

1/3  Real


Madrugada de  quarta-feira... ainda  tenho o rosto e a expressão,  ainda tenho as batidas aceleradas do coração ainda sinto o frio que estava naquele lugar  e os muros arquitetados por um de nós.
Pelo calor matinal,  suor da nuca, espirro rotineiro, marcas no espelho.
Por Deus!  Ainda estamos sonhando!
Dentro de um sonho, até o dia em que a flecha do despertar nos acorde.
Luan Vieira





...

Praga Social...


Hipocrisia

Opa! Vem vindo alguém... 



Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.










... 

segunda-feira, 7 de março de 2011

Coisas

Aconteceram coisas.
-você tá falando sério? é alguma coisa que eu possa ajudar? é serio?
  -Não são só coisas
-Eu fiz alguma coisa?
            
- Não fez. Aconteceu.
-Tem certeza que não quer falar comigo que coisas são essas?
   -Algumas coisas
-você tá me deixando tensa.
  -Não se preocupe são só algumas coisas que aconteceram.
-Mas eu quero saber que coisas foram essas
desculpa se eu estou sendo chata. mas eu quero entender e tentar te ajudar.
 
- Essas coisas são só coisas, nada demais.
-Nada demais? O que está te deixando assim?
-O que ta me deixando assim?
você responde que eu não fiz nada. só aconteceu.
o que aconteceu? Eu fico sem saber o que fazer.
Por favor. me diz o que ta acontecendo.
-Coisas. Eu já disse.
- Por que não pode me contar que 'coisas' são essas?
   - Porque são coisas não devem ser contadas.
- Nada relacionado a mim?
-Relacionado a coisas que aconteceram. Acabou de acontecer mais uma coisa. Aconteceram mais coisas agora...na verdade acontecem Coisas toda hora. Isso não significa nada.
Eu não quero que isso vire uma discussão... eu só disse que aconteceram algumas coisas
-se alguma coisa que eu fiz está te encomodando
a coisa normal a se fazer, é falar, e não ficar enrolando e falando que 'coisas' aconteceram...

- OK, mas essas coisas de que você fala não devem e não podem ser ditas...
-você realmente acha que assim vai estar tudo bem ?

-você não pode ficar brava nem nervosa por essas coisas que aconteceram.
-seja lá o que aconteceu. eu não vou ficar brava nem nada. eu só preciso saber.
-Então está bem...mas essas coisas que você fala, não devem e não podem ser ditas! já disse.
-por que?
-Porque não existem “coisas” alguma. Na verdade existe, e é o que eu estava tentando te dizer, as coisas realmente existem, as coisas existem e acontecem todo momento, inclusive agora aconteceu mais uma coisa.
-O que?
-Isso
-Isso o que?
-Isso!
Luan Vieira e Izadora Luz

Pulsação

Mais uma batida de coração e agora mais outra...
Mais um segundo passa....
Mais um piscar de olhos...
Mais um inspirar...
Mais saliva...
Mais acerto...
Mais uma batida...
Mais erro..
Mais  um piscar de olhos...
Mais uma batida..
Mais uma batida...mais batida
Gosto amargo de Nostalgia em saber que morre a cada segundo que vive.
Mais uma batida...
Luan vieira

domingo, 6 de março de 2011

Invasores Reais



O sono era pesado, porém foi interrompido por um sórdido Pernilongo, que insistia em Zunir aos meus ouvidos. Era quase uma orquestra de Zuns. Zuns esses que faziam parte do meu sonho ser real. O Sonho não me lembro,mas nele havia os zuns Vindo da realidade, e isso me deixava aflito, mesmo dormindo. Acordei! Acordando percebi que o que estava me irritando eram os pernilongos, logo percebi que a realidade estava rondando meu sonho e isso me deixou Fora de mim e louco pela morte dos malditos invasores mandados pela realidade só para assombrar meu sonho. Acendi a luz. Matei alguns com minhas próprias mãos, outros, o inseticida tratou de matar.
Assim mais tranquilo com a certeza de que os invasores Reais não voltariam a interferir meu sonho novamente,Pudi dormir. E Finalizava aquela madrugada fatídica com o pensamento de que o sonho não pode ser influenciado, se quer tocado pela realidade. Seja ele qual for...         ( Luan Vieira)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Pergunta ao inconsciente



Que Lembranças roubaram de mim, enquanto dormia numa noite qualquer, de um dia qualquer ,num mês qualquer de um ano qualquer, numa estação qualquer sob um cobertor qualquer?
Que lembranças roubaram de mim enquanto o vento mais fraco, a brisa mais forte,soprava da montanha verde do norte de Pequim?
Que lembranças roubaram de mim, enquanto o cisne mais branco, do lago mais negro, fugia cortando a brisa gélida que vinha da montanha verde do norte de Pequim?
Que lembranças roubaram de mim enquanto a sangue suga vegetariana se sufocava sob a pena do cisne mais branco, que fugia do vento mais fraco, a brisa mais forte e gélida que soprava do norte de Pequim?
Que lembranças roubaram de mim, enquanto a folha da árvore mais cinza, era sugada pela sangue suga vegetariana que se sufocava embaixo da pena do cisne mais branco que cortava o vento mais fraco, a brisa mais forte e gélida que vinha do norte de Pequim?
Que Lembranças roubaram de mim, enquanto aqueles organismos vivos ovulavam numa noite qualquer, de um dia qualquer, num mês qualquer, de um ano qualquer, na primavera, que era ameaçada por um vento fraco, uma brisa forte e gélida que do cisne mais branco, cortava-lhe a pena, sufocando uma sangue suga que sugava a seiva da folha de uma arvore cinza, sacudida pelo vento mais fraco, a brisa mais forte e gélida que vinha do norte de Pequim?
Que lembranças roubaram de mim, enquanto o mundo girava e as palavras brotavam das raízes do meu cérebro sem sentido ou lembrança alguma?
Que lembranças roubaram de mim?                                                                                
                                                                                                              Luan Vieira