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domingo, 27 de maio de 2012


-Em que mundo você vive rapaz?

-Cê me desculpa fessor, mas é que eu vivo ali no meio, entre o meu mundo e o seu. É que as veiz eu venho tanto pro lad'cá, que me esqueço que o outro lado também da uns giro doido. Mas, peço pro senhor num me culpa não, sabe que é? é um movimento tão lentim que faz do lado de lá que fica difícil percebê mermo.Cê me desculpa?

Luan vieira

sábado, 24 de março de 2012

Mosquei



Zumba mosca zumbi que zumbe sem dó.
Traz consigo a merda  em miniatura.
Brinque com o irritar dos tímpanos .
Suma e volte, volte e suma.
Mas, não ria assim sempre de mim.
Não apareça com tanta frequência.
Não me confunda com a merda maior.
E não me  traga mais  sujeira.
E não tente mais me tragar.
Não sou merda mosca Zumbi.
E se hoje exalo merda.
É porque toda merda virou aquela merda toda.
E já não posso mais me livrar dela.


Luan vieira

Em conserva

O Querer

Quimera

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Entre outras mil

Entre todas as definições do que possa ou tenha que ser o humano.
Do que tenta nos moldar em massa. Não massa essa que se mede em números. Mas, massa essa que se amassa e se embaraça para criar.
Com todas essas definições o mal acaba.
O mal que em muitos é citado.
Esse, que usa demolidores de força maior.
Tijolos extraterrenos.
Esse mal que constrói e destrói qualquer bom ditado.
Recria a crença estabelecida.
Reinventa a moral perdida.
E perde.

Faz perder.
Faz enlouquecer.
Ignora a concordância que tanto tentou não esquecer.
Acha que bonito te faz por nova capa vestir.
E esquece que nada o manto pode fazer por ti.

Se crê. Logo se torna incrível, qualquer santo vira santo, qualquer Deus vira Deus.
Quebra os ponteiros tentando parar o tempo.
E para, em grandiosa fé. Para.
E para e pensa e repensa até pensar que o tempo que passa depressa,  passou.
E quer tempo, e tenta dar tempo ao tempo, mas o tempo mata. Então, tenta matar o tempo.
Saudade Substituir.
Conter o incontrolável.

O mal clichê.
O mal que em tantos é mal e em tantos é bem.
Aquele que agora acha que é maior do que  antes.
Aquele que levou ao grude.
Grude os lábios tentando trancar no peito .
Grude que gruda quando masturba.
Que  finca dor.
Dor aguda, que gruda, agulha infecta no peito.
Que acaba contigo, sujeito.
O mal que se faz passar por sim por não e por talvez.
Aquele! que você experimenta sempre mais uma vez.

O mal que indefinido se fez.
E tantos o definem.
Que desfaz constantemente a definição.
O que tantos dizem surgir no coração.

Aquele que de ti tira a força
Aquele que lento vai tornando as coisas.
Aquele que de ti tira a força.
De ti tira.
A força.
tira a ...



                                                                                                                                     Luan Vieira